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Relatório Mês de Maio

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Mensagem  Anelisa Sex Jun 11, 2010 9:54 am

MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE
Acadêmica: Anelisa Perticarrari Canivarolo
Tutora Acadêmica: Magali Olivi
Preceptora: Iolazil Rodrigues de Oliveria Reis
Unidade Básica de Saúde da Família: Altos da Serra I
Mês/Ano de Referência: Maio/2010
No mês de Maio, tivemos reunião com os bolsistas, voluntarios, precptores e tutores. Realizamos visitas na creche do bairro Altos da Serra I e uma visita domiciliar, além de conhecer um pouco mais sobre a unidade e os programas que a compoem.
A reunião com bolsistas, voluntarios, tutores se deu no Bloco de Enfermagem , com o obejetivo de focar alguns pontos do projeto ( Petsaude), bem como as compentecias de cada curso, a historia do SUS e o principal objetivo (geral) do Pet, que é a promoção da integração entre a Secretaria Municipal de Saude e os Cursos de Graduação da UFMT.
A segunda reunião foi com os componentes do Pet em geral no auditório da PROCEV, na qual tivemos dois momentos: o primeiro momento a dicussão de alguns problemas administrativos e o segundo momento a discussão de uma temática, cujo o tema era Principíos e Diretrizes do SUS.
A terceira reunião foi na própria Unidade de Saude – Altos da Serra I e II que englobou bolsistas, preceptores e a tutora, sendo esta para saber como estava a adaptacao das bolsistas, quais as impressoes, quais propostas para escolha de um tema para o projeto a ser desenvolvido. Um espaço importante onde podemos dar opnioes, ideias, apontar erros e acertos, pois são nesses espaços que construimos o conhecimento.
As creches são consideradas como uma das estratégias dos países em desenvolvimento para aperfeiçoar o crescimento e desenvolvimento de crianças pertencentes aos estratos menos favorecidos.
As visitas realizadas na creche municipal, Edna Catharina Perri Ricci, se deu em dois dias, a primeira no periodo vespertino acompanhada das agentes de saude e no segundo no periodo matutino acompanhada da enfermeira, agente de saúde e bolsistas.
A creche é composta por 26 funcionários ( a maioria é contratado). A estrutura fisica é boa, dividida em um saguão onde as crianças fazem as refeições e realização atividades, são duas salas de aulas, dois banheiros ( um para cada turna), a cozinha, sala da diretoria e a antiga sala de brinquedos. A areas externa possui uma caixa de areia, com um parquinho ( brinquedos velhos e enferrujados) no qual as crianças ficam expostas ao sol, haja vista que nesta caixa há uma foça septe. Essa condições colocam em risco a saúde da criança .
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente no Capitulo I ,Art. 7º:
“A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, a efetivação de políticas sociais públicas permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio harmonioso, em condições dignas de existência.”
No Artigo 54 da Lei 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que toda criança e adolescente tenha direito a educação gratuita e de qualidade desde o atendimento em Creche e Pré Escola ao Ensino Médio. A constituição nacional/88, a LDB/96 o ECA/90, os parâmetros curriculares publicados á partir de 96, a lei do FUNDEF/96, e atualmente a Lei do FUNDEB reconhece a Educação Infantil incluída na Educação Básica, normatizam, fundamentam e garantem os direitos da criança e adolescente de acesso e permanência na Escola.
As duas vezes em que fomos a creche a diretora não estava, pois encontrava se de licença médica. As mulheres que nos atenderam, são funcionarias que realizam outras funções, no caso estão representando a diretora nesse período, sendo que uma é professora e a outra é merendeira, compreendendo que há um desvio de função.
"A flexibilização, por parte do contratante mais frágil, a força de trabalho, é um fator de risco e a ausência de garantias aumenta essa debilidade (...). Esse processo pode ser entendido (...) como liberdade da empresa para desempregar trabalhadores; sem penalidades, quando a produção e as vendas diminuem; liberdade, sempre para a empresa, para reduzir o horário de trabalho ou de recorrer a mais horas de trabalho; possibilidade de pagar salários reais mais baixos do que a paridade de trabalho exige; possibilidade de subdividir a jornada de trabalho em dia e semana segundo as conveniências das empresas, mudando os horários e as características do trabalho (por turno, por escala, em tempo parcial, horário flexível, etc.), dentre tantas outras formas de precarização da força de trabalho. ”(Vasapollo apud ANTUNES, 2006: 48).

Portanto, esse processo impõe ao trabalhador péssimas condições de trabalho e de remuneração, desproteção em relação às leis trabalhistas e aos direitos sociais. Um dos fatores que permite ao capital submeter os trabalhadores a esse nível de exploração é o chamado exército industrial de reserva, ou seja, milhares de pessoas fora do mercado de trabalho, dispostas a se subordinarem a essas condições precárias em troca de um salário que lhes garanta o mínimo necessário à sua sobrevivência.
Após a visita, na creche, nos reunimos para discutir oque tinhamos visto e o que poderia ser feito, e a partir disso foi surgindo propostas como, o cultivo de uma horta em benefício da creche e das familias, enrequecendo a alimentação e a rotina das crianças ( em relação a outras atividades), alem de campanhias com ajuda de entitades que realizam ações sociais, ou seja. Conseguir parceiros para a luta.
A visita domiciliar estavamos acompanhadas de Iolazil ( preceptora) e uma agente de saude. A familia é carente, casa simples, apenas três comodos, moveis em pessimas condições, não tem rede de saneamento basico, falta água, pois o bairro é abastecido pelo carro pipa.
A familia composta por dez pessoas , o pai desempregado, a mãe dona de casa, duas crianças ainda nao frequentam a creche, e os outros filhos frequentam a escola, com exeção da adolescente com “deficiencia” e o filho mais velho que trabalha ( a unica renda fixa da casa).
As crianças medicadas, pela enfermeira, estavão todas com febre, garganta inflamada, alem de apresentarem caracteristicas de desnutrição, carência odontologica. A adolescente com “deficiência”, nunca teve um acompanhamento médico, psiquico (segundo a mãe), mas já tinha sido encaminhada para um Neuro, contudo não compareceu e nem tomou qualquer tipo de medicação.Há mais ou menos seis meses a familia deixou de receber o Bolsa Familia ( motivos desconhecidos), e mais ou menos um ano ano deixou de receber também o Seguro Alimentar e Nutricional. Como encaminhamento, contactamos o CRAS ( Centro de Referência de Assistência Social) do Planalto que atende o bairro Altos da Serra, solicitando uma visita do Assistente Social a essa familia e desse os encaminhamentos necessarios. A visita foi agendada,mas ainda não foi realizada.
Além disso, conhecemos o SIAB – Sistema de Informação a Atenção Básica, que esta dividido em SSA2 – Sistema de Saúde das Famílias cadastradas nas microareas - e PMA2 – Relatório de produção de mercadorias para avaliação, sendo um programa que armazena todas as informações do Unidade de Sáude, por exemplo, dar para saber quantas familias estão cadastradas, quantas pessoas atendidas, etc.
Conhecemos, não só nós bolsitas mais todas/todos técnicos e funcionárias que ali prestão serviço, os programas vinculados ou que compõem o PSF, atraves de uma apresentaçao expositiva dos discentes do nono semestre de enfermagem da UFMT, que fazem estagio curricular nesta mesma unidade. Considerando um espaço importante pois segundo Buriolla (2008:13) “ o estagio é concebido como um campo de treinamento, um espaço de aprendizado do fazer concreto do [profissional] .... o estágio é o locus onde a identidade profissional do aluno é gerada, construida e referida”.


Referência Bibliográfica
SILVA e SILVA, Maria Ozanira da e YAZBEK, Maria Carmelita (orgs). Políticas Públicas de Trabalho e Renda no Brasil Contemporâneo. São Paulo: Cortez; São Luís, MA: FAPEMA, 2006. As formas contemporâneas de trabalho e a descontrução dos direitos sociais. Ricardo Antunes.

BURIOLLA, Marta A. Fehen. O estágio supervisionado. 5º edição, Revista e ampliada. São Paulo, Cortez, 2008.
.
BRASIL, Estatuto da criança e adolescente

CMDCAC, Diretrizes da Política Municipal de Atenção Integral à Infância e Adolescência de Cuiabá 2009 a 2012.

Anelisa

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Data de inscrição : 05/05/2010

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